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FAIXA 8
EP-NAS PROFUNDEZAS DA ALMA 2020
LETRA:SYER
AVÔ MANECAS (RIP)
GRAV/MIX/MASTER: SYER
DESACREDITAR DO POETA
1º VERSO
“ Dentro de mim instalou
Uma tempestade
Com tal violência
Que todo o meu ser estremeceu
Até ao mais ínfimo dorso
Dos meus alicerces
A minha alma está doente
Sofre e cala”
Apenas eu, uma caneta
E uma folha branca
Fechei os olhos e a porta
Do meu mundo se tranca
O silêncio acomoda-se
A desilusão se abanca
É quando a vida encaracola
Os dedos e me espanca
Eu chicoteio a alma
Com palavras que doem
Não servem só para mim
Serve a qualquer homem
Sempre que abraço a felicidade
Tenho um nó na garganta
Nem sempre quem canta
Os males espanta
Até a mim me apavora
O que tenho escrito
Gosto de me sentir erudito
Debruçar-me no infinito
Deixa-me chorar
Soltar mais um grito
Não te posso contar tudo
Nem tudo é bonito
Ultimamente penso no fim
Como algo tentador
Embriagado, suado
Debaixo de um cobertor
Eu só queria
Aliviar a minha dor
Aliviar a dor
REFRÃO 2X
Ele já não voa mais
Poisou a caneta
O caderno apodrece
Dentro de uma gaveta
Ninguém quis saber
O que lhe afecta
Chove na cidade
Lágrimas do poeta
2ºVERSO
“Será que eles
Compreenderam a minha luta
A luta de toda a minha existência
Contra a adversidade
Que sempre me perseguiu
Desde que me conheço”
Não sonhei porque não quis
Foi porque não pude
Conheço a aflição de estar no fundo
Sem que ninguém ajude
Camuflei o orgulho
Para conviver com a derrota
Deixei o desânimo acreditar
Que sorte um dia brota
Ganância reside em nós
Não é quimera é um facto
Insuperável o que adquires
Quando divides um prato
Toma, tira o que quiseres
Eu fico com o resto
Para que saibas que mudas vidas
Com um simples gesto
Ver-te brindar com as serpentes
Entristece
Execrável ostentação
Que cega e ensurdece
Até na falta de honestidade
Encontras romantismo
Por isso escolhi ficar no escuro
Longe do protagonismo
REFRÃO 2X
3ºVERSO
Neste preciso momento
Algo me inquieta
Aproxima-se o término
Com aparência discreta
Nesta tertúlia de palavras
O abandono é a meta
Só peço que não deturpem
O sacrifício de um poeta
Estou num ermo que me acolhe
De forma obsessiva
Vejo um rasgo de liberdade
No aconchego da sativa
Mas depois a solidão
Vem devoluta e depressiva
“ Sinto-me despedaçado
Ando mesmo à deriva”
Ainda me resta sabedoria
Para fugir à demência
Quando me tentas persuadir
Com tamanha eloquência
Baloiço como um pêndulo
Entre o equilíbrio e o desnorte
E espero que desta vez
A inspiração se comporte
“ Que espécie de ser
Eu irei ser…”
Enclausurado nesta dúvida
Quem me dera saber
“ Alonguei o olhar
Para o horizonte da vida”
E vislumbrei aquele insonso
Acenar da despedida
REFRÃO 2X
"O que será esse além
De que tanto se fala
Haverá mesmo além?
Quem me irá julgar?
Quem ouvirá sua resposta?
Meu pensamento
Já não responde
À minha tão grande angústia..."